Lago dos Cisnes :: Ballet Clássico de Moscovo



Composto por Piotr Ilitch Tchaikovsky em 1876, por encomenda do Teatro Bolshoi de Moscovo, "O Lago dos Cisnes" notabilizou-se pela beleza da sua música. Inspirado numa antiga lenda alemã, "O Lago dos Cisnes" conta a história de Odette, uma princesa transformada em cisne pela acção perversa de um feiticeiro. Após uma difícil luta entre o poderoso e cruel Von Rothbart, e o Príncipe Siegfried, Odette é finalmente resgatada pelo amor do príncipe.

Ballet Clássico de Moscovo
Direcção Timur Fayziev
Música Piotr Ilitch Tchaikovsky

Dia 1 de Maio :: Lago dos Cisnes :: Ballet Clássico de Moscovo
Grande Auditório
Inicio 21.30h
Preço único 25 €

Quina das Beatas :: 1º Aniversário

lol - Circo e Comédia


Espectáculo “ensemble” de circo produzido especialmente para o Centro de Artes, que será constituído por muita comédia e magia cómica, e apresentado pelo conhecido comediante João Zurzica, com a participação dos conceituados artistas internacionais Rod Laver (Inglaterra), Rubber Ritchie (Inglaterra), Hui Ling Zhu & Hong Yang (da companhia inglesa de Acrobacia Chinesa).

Biografia dos artistas

Rod Laver

No seu número a solo, o artista Inglês Rod Laver toca música com bolas de Ping-Pong saídas directamente da sua boca, que produzem sons ao embaterem em várias garrafas com diferentes quantidades de liquido.

Habitual participante no programa Herman SIC.
Recordista do mundo de Ping-Pong oral.
Medalha de bronze dos campeonatos do mundo de malabarismo (França).

" O Melhor malabarista" - Kaskade
"Génio" - Aachener Zeitung
" Engraçado e muito, muito inteligente" - Glasgow Herald
"Sem sombra de dúvida o melhor " - Jersey Evening Post

Rubber Ritchie

No seu número, Rubber Ritchie executa com todo o seu corpo uma exposição cómica contorcionista, duma flexibilidade raramente vista num homem!

O artista é figura habitual em Circos, clubes, festivais, Óperas, e em artigos de jornais e revistas.

É também figura habitual das televisões da Inglaterra e dos Estados Unidos, tendo sido recentemente convidado para o conhecido programa do Channel 4, “The Salon”.

Hui Ling Zhu & Hong Yang

A Companhia Inglesa de Acrobacia Chinesa combina a tradição milenar do circo Chinês com estilos de actuação contemporâneos, para nos oferecer um espectáculo excitante que é ideal para toda a família. Todos os membros da companhia foram treinados de forma profissional na China, desde os seis anos de idade, e têm no mínimo uma experiência individual de 20 anos.

A Companhia tem actuado com assinalável sucesso por todo o mundo, e venceu medalhas de Ouro e Prata em competições de Circo no seu país natal.

Os dois elementos desta emblemática companhia que actuarão no CAEP executam uma série de surpreendentes e fascinantes números, dos quais destacamos: Malabarismos com os pés, o Diábolo, a Dança da Mongólia e a Dança com Fitas.

João Zurzica

Para João Zurzica, o humor é a forma mais saudável que existe para a libertação de tudo aquilo que nos incomoda na vida, e como tal o humor negro também faz parte integrante do espectáculo.

João Zurzica conta com várias aparições televisivas em programas do género, e tem marcado presença em quase todas as principais iniciativas dinamizadoras do tipo em Portugal. Praticante de Ilusionismo, com esta nobre forma de prestidigitação consegue uma mais valia nas suas actuações, onde é constantemente desafiada a racionalidade, e onde a Magia acontece sempre nas mãos do espectador.

Dia 5 de Maio :: "lol" Circo e Comédia
Grande Auditório
Inicio 22.00h
Preço único 10 €

Miss Daisy


Passada em meados do século XX, de 1948 a 1973, em Atlanta, no sul dos Estados Unidos, Miss Daisy conta a história de uma senhora judia, Daisy Werthan, e do seu chofer, Hoke Coleburn. De início, Miss Daisy não fica muito contente por se ver forçada a depender de um homem negro, contratado pelo seu filho, Boolie Werthan. Mas Hoke conquista-a, pacientemente, com a sua dignidade e sentido de humor, e durante os vinte e cinco anos em que decorre a acção geram-se laços profundos de amizade e de compreensão.

Pontuando a acção, temos as lutas pelos direitos civis nos Estados Unidos, com referências a Martin Luther King, por exemplo. As personagens tentam perceber e adaptar-se, em termos pessoais e sociais, a um mundo que está a mudar. Miss Daisy é uma análise subtil das tensões raciais e dos preconceitos. Miss Daisy e Hoke chegam a um mútuo respeito baseado na independência, na força de carácter e numa teimosa integridade, que, para lá do seu contexto histórico e cultural, têm um valor universal.

O Autor nasceu em Atlanta, em 1936, licenciou-se em Literatura Inglesa, e foi para Nova Iorque, pretendendo ser escritor de musicais para a Broadway. Depois de algumas tentativas, Driving Miss Daisy foi a sua primeira peça não musical, mas que de imediato o celebrizou. Estreou em Nova Iorque, em 1987, onde esteve em cena três anos, a que se seguiu o importante prémio Pulitzer de 1988, e, na versão em filme, em 1989, quatro prémios Oscar, incluindo o «melhor filme» e «melhor adaptação».

Ficha Técnica

Elenco Eunice Muñoz, Guilherme Filipe, Thiago Justino
Direcção Celso Cleto
Direcção Musical José Miguel Sastron
Cenário e Figurinos José Costa Reis
Tradução António Barahona
Desenho de Luz José Dias
Som Carlos Estevens
Assistentes de Encenação Nuno Távora
Assistentes de Direcção de Cena Álvaro Sacadura Gaspar, Hélder Bugios, Rita Simões
Caracterização Henrique Salvador
Designer Startingpoint
Construção Cenários E.P.C.
Construção Automóvel Segundo desenho de Costa Reis - Guliver
Produção Rosa de Sousa
Apoios Rádio Televisão Portuguesa

Dia 11/12 de Maio :: Miss Daisy
Grande Auditório
Inicio 22.00h
Plateia 20 €

Balcão 15 €

Mão Morta :: Os Cantos de Maldoror



A partir de “Os Cantos de Maldoror”, a obra-prima literária que Isidore Ducasse, sob o pseudónimo de Conde de Lautréamont, deu à estampa nos finais do séc. XIX, os Mão Morta, com os dedos de alguns cúmplices, estruturaram um espectáculo singular onde a música brinca com o teatro, o vídeo e a declamação.

Aí se sucedem as vozes do herói Maldoror e do narrador Lautréamont, algumas imagens privilegiadas das muitas que povoam o livro, sem necessidade de um epílogo ou de uma linearidade narrativa, ao ritmo da fantasia infantil – o palco é o quarto de brinquedos, o espaço onde a criança brinca, onde cria e encarna personagens e histórias dando livre curso à imaginação.

Em similitude com a técnica narrativa presente nos Cantos, a criança mistura em si as vozes de autor, narrador e personagem, criando, interpretando e fazendo interpretar aos brinquedos/artefactos que manipula as visões e as histórias retiradas das páginas de Isidore Ducasse, dando-lhes tridimensionalidade e visibilidade plástica. O espectáculo é constituído pelo conjunto desses quadros/excertos, que se sucedem como canções mas encadeados uns nos outros, recorrendo à manipulação vídeo e à representação.

Como um mergulho no mundo terrível de Maldoror, povoado de caudas de peixe voadoras, de polvos alados, de homens com cabeça de pelicano, de cisnes carregando bigornas, de acoplamentos horrorosos, de naufrágios, de violações, de combates sem tréguas… Sai-se deste mundo por uma intervenção exterior, como quem acorda no meio de um pesadelo, como a criança que é chamada para o jantar a meio da brincadeira – sem epílogo, sem conclusão, sem continuação!

Intervenientes

Texto Original Isidore Ducasse dito Conde de Lautréamont;
Selecção, Versão Portuguesa e Adaptação Adolfo Luxúria Canibal;
Música Miguel Pedro, Vasco Vaz, António Rafael e Mão Morta;
Encenação António Durães;
Cenografia Pedro Tudela;
Figurinos Cláudia Ribeiro;
Vídeo Nuno Tudela;
Desenho de Luz Manuel Antunes;
Interpretação Mão Morta (Adolfo Luxúria Canibal – voz / Miguel Pedro – electrónica e bateria / António Rafael – teclados e xilofone / Sapo – guitarra / Vasco Vaz – guitarra e xilofone / Joana Longobardi – baixo e contrabaixo);
Produção Theatro Circo e IMETUA – Cooperativa Cultural

Dia 19 de Maio :: Mão Morta :: Os Cantos de Maldoror
Grande Auditório
Inicio 22.00h
Preço único 10 €

Dia 23 de Maio :: Kronos Quartet

Há mais de 30 anos que os Kronos Quartet perseguem uma visão artística única, combinando o espírito e a coragem da exploração musical com o compromisso de expandir o alcance e o contexto do seu quarteto de cordas singular. Durante estes anos, os Kronos Quartet tornaram-se num dos mais respeitados e celebrados grupos contemporâneos, com inúmeras digressões pelo mundo inteiro, milhares de concertos, com mais de 40 álbuns lançados, vencendo inúmeros prémios, como o Grammy em 2003 para o álbum “Berg’s Lyric Suite” e o Prémio “Músicos do Ano”, da revista “Musical America".

Os Kronos Quartet têm gravado obras de compositores fundamentais do Século XX, como Bela Bartók, Shostakovich e Webern, compositores seus contemporâneos como Sofia Gubaidulina, Arvo Pärt e Alfred Schnittke, lendas do Jazz como Ornette Coleman, Charles Mingus e Thelonious Monk, e artistas tão díspares como Jimi Hendrix, o cantor Paquistanês Pandit Pran Nath, e o saxofonista avant-garde John Zorn.

Este conceituado quarteto também têm deixado a sua marca noutros meios para além da música. Nomeadamente, no Cinema colaboraram nas bandas sonoras de “A Vida não é um Sonho/ Requiem for a Dream”, “Heat – Cidade sob Pressão”, “21 Gramas”, o recente “The Fountain – O Último Capítulo”, etc, e na Dança, com coreógrafos tão talentosos como Merce Cunningham, Twyla Tharp e o duo Eiko & Koma.

Integral ao trabalho dos Kronos Quartet tem sido as colaborações recorrentes com artistas tão importantes como o “pai do Minimalismo”, Terry Riley; com o conhecido compositor Philip Glass, com o qual gravaram as bandas sonoras dos filmes “Mishima” e “Drácula” (a versão restaurada do clássico de 1931, com Bela Lugosi); Steve Reich, com quem gravaram o álbum “Different Trains”, vencedor de um Grammy, entre muitos outros colaboradores do mundo inteiro.

Têm também tocado ao vivo com artistas tão diversos e icónicos como o poeta “Beat” Allen Ginsberg, o Modern Jazz Quartet, o mítico cantor Tom Waits, a diva Betty Carter e David Bowie, e colaboraram ainda em álbuns de Dave Matthews, Nelly Furtado, Joan Armatrading, entre outros.

O mais recente álbum dos Kronos Quartet, “Ósongs are Sung”, é o culminar de uma colaboração de longa data com o compositor polaco Henryk Górecki, e terá estreia europeia no CAE.

David Harrington - violino
John Sherba - violino
Hank Dutt - viola
Jeffrey Zeigler - violoncelo

Dia 23 de Maio :: Kronos Quartet
Grande Auditório
Inicio 22.00h
Preço único 25 €

O jeitinho brasileiro de Maria João

Com os 14 temas de “João”, retirados do cancioneiro popular do Brasil, Maria João volta, muitos anos depois, a assinar um trabalho apenas com o seu nome.

O que fazer de temas do cancioneiro popular brasileiro tão tocados, tão recriados e reinventados como “Canto de Ossanha”, de Baden Powell/Vinicius, “No tabuleiro da baiana”, de Ary Barroso, ou “Rosa”, de Pixinguinha/Octávio de Sousa, a não ser continuar a ouvi-los em algumas das suas marcantes e inesquecíveis interpretações? Maria João resolveu atacar de frente o problema e assumiu-o como um desafio. E esse é, provavelmente, o maior trunfo de “João”, nome do novo disco da cantora que há mais de uma década desenvolve uma parceria frutuosa com o pianista e compositor Mário Laginha.

Maria João é senhora de uma invulgar versatilidade, e isso nota-se neste trabalho. Os registos vão desde o sussurro intimista (“A outra”, “Meu namorado”) até à quase explosão energética (“ECT”, “Canto de Ossanha”), com a cantora a descartar excessos que, se funcionam bem nos registos mais livres da improvisação jazzística, poderiam destruir o equilíbrio de canções cuja essência se optou por respeitar.

O risco é grande, mas Maria João tratou de o reduzir ao mínimo, fazendo-se rodear de um grupo de músicos de créditos firmados. O guitarrista Mário Delgado, o contrabaixista Yuri Daniel, o baterista Alexandre Frazão e a harpista Eleonor Picas erguem um som eficaz, feito de simplicidade e elegância e servido por grande competência técnica. Os arranjos são colectivos com direcção a cargo de Miguel Ferreira, teclista dos Clã, o que ajuda a explicar muita coisa.

Carlos Romero

Dia 26 de Maio :: O jeitinho brasileiro de Maria João
Grande Auditório
Inicio 22.00h
Preço único 10 €

Electronique Desires :: Festival Música Electrónica

1 de Junho :: Mira Calix

Chantal Passamonte é Mira Calix. Nasceu e cresceu na África do Sul, tendo-se mudado para Londres em 1991. Aí, trabalhou em lojas de discos, organizou festas de dança e começou a sua carreira como DJ, o que a levou a querer produzir a sua própria música.

Ao longo da sua já extensa carreira musical, Mira Calix tem colaborado como DJ com artistas tão diversos como Derrick May, Aphex Twin, Boards of Canada, Baby Ford e Hecker. Em festivais de música clássica e contemporânea tem re-trabalhado as obras de compositores tão importantes como Stockhausen e Steve Reich, com quem também já actuou ao vivo.

Foi DJ em festivais conceituados como o SONAR, em Glastonbury, no All Tomorrow’s Parties, etc.

O seu extenso vocabulário musical e conhecimento da história da música têm levado Calix a fazer as primeiras partes de bandas como Godspeed You!, Black Emperor, Radiohead, Boards of Canada, Autechre, Pan Sonic, Plaid e Faust.

Beleza que não é convencional” – Mojo
Música inclassificável… De uma melancolia acessível” – The Observer
Mágica, de nos fazer levantar voo… Pequenas palavras para nos perdermos em nós mesmos” 4/5 Muzik
“De levantar os espíritos e d
e uma elegância extrema” – Uncut




2 de Junho :: Chris Clark :: Body Riddle

Chris Clark, que recentemente encurtou o seu nome para apenas Clark, conseguiu com “Body Riddle”, o seu ultimo álbum, fundir graciosamente uma intensidade rítmica ao vivo com a vasta liberdade sónica dos programas electrónicos de computador, de forma a criar algo novo mas reconhecível ao mesmo tempo, que agrade e deslumbre fãs de música ambiciosa.

Body Riddle” é de longe um dos álbuns recentes mais originais, preenchendo um vazio que se sentia na música electrónica, e nele Clark cria obras-primas análogas e obras de arremesso melódicas. Um balanço perfeito entre abstracção e concentração, este é um disco que deve elevá-lo ao nível dos artistas independentes cuja influência alcança lugares distantes e géneros musicais diferentes.

As suas recentes digressões e concertos com nomes conceituados da electrónica e pós-rock como os 65daysofstatic e Tortoise, enviaram a mensagem que, tal como estas bandas, Clark não deseja nem permitirá que os críticos o instalem num “ghetto” electrónico.

O seu novo som exige uma nova experiência ao vivo, e para quem quer algo no fio da navalha e algo de novo, Clark e “Body Riddle” é o indicado.


3 de Junho :: Large Number

O projecto Large Number é composto por Ann Shenton (ex-vocalista da carismática banda Add N to X), nas vozes e sintetizadores, Mick Bund (que já trabalhou com os Primal Scream e os Felt) na guitarra baixo, e Marc Hunter no Theremin.

Os Large Number têm feito diversas digressões na Europa e nos Estados Unidos, tendo recentemente colaborado com a banda Chicks on Speed na última digressão dos Red Hot Chili Peppers.

Em 2003, lançaram o seu álbum de estreia,"Spray on Sound", que recebeu críticas positivas e incessantes passagens na rádio por parte dos DJ’s mais conceituados da cena de música electrónica de Nova Iorque.

Depois de digressões pela Europa, América do Norte e América do Sul, os Large Number voltaram ao estúdio para gravar o mini álbum “Modern Horror”, lançado na Primavera de 2006.

Mistura música ambiente de Ficção Científica com vocalizações puramente Punk”Música imprevisível da aclamada Grande Dama da Electrónica”

Dia 1/2/3 de Junho :: Electronique Desires :: Festival Música Electrónica
Café-Concerto
Inicio 23.00h
Preço único 6 €

Estoudiantina


Estoudiantina é uma orquestra grega, que interpreta essencialmente música tradicional helénica, da Arménia, dos Balcãs e das nações mediterrânicas. Formada em 1999 na cidade de Volos por 30 jovens músicos, a Estoudiantina é um grupo versátil que se apresenta com várias formações.

Em Janeiro de 2004, foi editado o primeiro álbum com o título “Smyrne”. Na Grécia recebeu o prémio para o melhor disco do ano e em dois meses vendeu mais de 40. 000 discos. Em Abril de 2006 editaram o seu segundo álbum, intitulado “Tears on Grass”.

Durante o seu percurso, este grupo já realizou mais de 200 concertos na Grécia e no estrangeiro, em salas de grande prestígio e com a participação de prestigiados cantores e outros músicos gregos.

O grupo que vem a Portugal realizar uma digressão com concertos em várias cidades é constituído por 10 músicos.

O reportório da Estoudiantina inclui composições de Mikis Theodorakis e músicas originalmente interpretadas pela saudosa Melina Mercouri.


Dia 9 de Junho :: Estoudiantina
Grande Auditório
Inicio 22.00h
Preço único 5 €

Blues :: Charlie Musselwhite


É a mistura entre o Country selvagem e a guitarra eléctrica do Blues de Chicago que faz a imagem de marca de Charlie Musselwhite, e a razão porque que chamou a atenção de músicos conceituados como Ben Harper e Tom Waits (artistas que o convidaram a participar nos seus discos e a tocar ao vivo com eles). Foi esta sua imagem, de personalidade forte e carisma que fez Musselwhite receber uma série de prémios de Blues, e a admiração e o respeito dos seus heróis: Howlin' Wolf, John Lee Hooker e Muddy Waters. John Lee Hooker foi mesmo o padrinho de casamento de Musselwhite.

Ao longo da sua já longa carreira, Musselwhite lançou dezenas de álbuns, tendo sido nomeado por 6 vezes para os Prémios Grammy, e contribuiu com o seu talento para muitos outros álbuns vencedores ou nomeados para os Grammy, de músicos como Bonnie Raitt, The Blind Boys of Alabama. Colaborou ainda com artistas de estilos musicais tão diversos como os já mencionados Tom Waits, John Lee Hooker, Ben Harper e INXS.

A versão do Blues de Musselwhite é muito diferente da ideia convencional. O artista está simplesmente interessado em música com sentimento, ou como ele a define, “Música do âmago, do coração”.

Para mim, tudo têm a ver com o que eu sinto, e a relação que crio com as pessoas. E o Blues, se é o verdadeiro Blues, têm de estar saturado com emoção. É sobre a Verdade, e a comunicação com o público que vai aos meus concertos”.

A sua relação com os seus fãs é muito especial. Essa conexão tem sido forte desde o início da sua carreira: “Já conversei com veteranos da guerra do Vietname que me disseram que a minha música foi muito importante para eles durante o conflito. Também conversei com pessoas com problemas de álcool, que me confessaram que os inspirei a abandonar o vício, casais que se conheceram em concertos meus e que acabaram por se casar.”

Do seu último álbum, Delta Hardware”, Musselwhite simplesmente diz que, "Estou a tentar ser o mais real possível. Para o ouvinte, espero que seja como uma viagem, que cada música os transporte para um lugar especial, e que no fim do disco fiquem contentes pelo passeio."

Charlie Musselwhite foi recentemente honrado com o Prémio de Carreira do “Monterey Blues Festival” e o “San Javier Jazz Festival”, em Espanha, e ainda o “Prémio do Governador do Mississippi para Excelência nas Artes”.


Dia 16 de Junho :: Charlie Musselwhite
Grande Auditório
Inicio 22.00h
Preço único 15 €

Blues :: Allen Toussaint


Allen Toussaint (nascido em Janeiro de 1938), é um consagrado músico, compositor e produtor Americano, e uma das figuras mais influentes do Rhythm & Blues de New Orleans. Nos anos 60 e 70, escreveu sucessos para artistas tão conceituados como Lee Dorsey, Robert Palmer, The Showmen, Irma Thomas, The Meters e Solomon Burke, tendo também produzido discos para Dr. John, Paul Simon, Etta James, Albert King, Joe Cocker, Elvis Costello, The Band e Art and Aaron Neville, entre outros.

Um reputado pianista, escritor de letras e produtor de arranjos, Toussaint escreveu canções que ainda hoje em dia continuam a ser gravadas por artistas de nomeada, tais como "Working in the Coalmine", gravada pelos The Who, Lipstick Traces (On a Cigarette)", pelos Rolling Stones, "Brickyard Blues", "Get Out My Life Woman", "Everything I Do Gonna Be Funky", e "Pain in My Heart", o clássico cantado por Otis Redding.

Nos anos 70, lançou os seu álbuns mais famosos, “From a Whisper to a Scream” e “Southern Nights”. Tal como muitos dos seus contemporâneos, o seu trabalho foi redescoberto quando as suas composições foram usadas por artistas de hip-hop nos anos 80 e 90.

Em 1998, Allen Toussaint recebeu uma distinção dada a poucos artistas, tendo sido eleito para a “Rock and Roll Hall of Fame”.

O último álbum de Allen Toussaint, “The River in Reverse”, gravado em colaboração com Elvis Costello, foi lançado em 2006 e recebeu uma nomeação para os prestigiados prémios Grammy.

Dia 23 de Junho :: Allen Toussaint
Grande Auditório
Inicio 22.00h
Preço único 15 €

Macbeth :: William Shakespeare

Três bruxas encontram-se com Macbeth e Banquo, generais escoceses, que regressam vitoriosos a casa. Ao exaltarem Macbeth com promessas de grandeza e revelações proféticas, as bruxas despertam nele uma ambição destemperada. As forças malignas e encorajamento de Lady Macbeth levam-no a matar o rei enquanto este dorme hospedado em sua casa…

Pelo modo como é obrigada a concorrer com a sua própria lenda, Macbeth só conhece outras duas que se lhe podem comparar, do mesmo autor, Shakespeare: “Hamlet” e “Romeu e Julieta”.

Certos críticos vêem na peça um retrato da ambição política na sua forma mais primitiva; outros, uma fábula sobre a irracionalidade do mal, ou sobre o encontro com os limites quase visíveis da vida e da morte, e sobre os poderes negativos e positivos da nossa ânsia de sobrevivência; outros ainda um braço de ferro entre as forças do Feminino e do Masculino, que transcende os motivos mais aparentes da fábula histórica.

“Macbeth” é o retrato de um homem cujo declínio faustiano faz dele vítima de si próprio e vitimizador de todos os que se lhe opõem.”

Ficha artística e técnica

Texto William Shakespeare
Encenação Bruno Bravo
Tradução e Adaptação Fernando Villas-Boas
Cenografia Stephane Alberto
Figurinos Paulo Mosqueteiro
Música Sérgio Delgado
Desenho de Luz José Manuel Rodrigues
Interpretação Anabela Brígida, António Rama, Bruno Simões, Cristina Carvalhal, Diogo Dória, João Lagarto, Sérgio Praia, Valerie Braddell
Produção Executiva Catarina Magalhães e Elisabete Duarte
Direcção de Produção Rui Sérgio/ Mafalda Gouveia (Produções Teatrais Próspero)
Co–Produção INATEL/Teatro da Trindade e Produções Teatrais Próspero 2007

Classificação Etária Maiores 12 anos
Duração 2 horas e 30 minutos (com intervalo)

Dia 29/30 de Junho :: Macbeth
Grande Auditório
Inicio 22.00h
Preço único 5 €

Lydia Lunch :: Real Pornography


Apresentação Multimédia por Lydia Lunch.
Acompanhada pela música de Terry Edwards e Ian White.
A Arte-Vídeo de Marc Viaplana e Josep M Jordana.
Tradução simultânea bilingue em Francês, Alemão, Italiano ou Espanhol.

"Em época de mentiras universais, dizer a verdade é um acto revolucionário "
George Orwell


É uma performance multimédia que utiliza música improvisada e vídeo para dramatizar o poder da Palavra Falada.

Real Pornography explora a possibilidade de que a feroz resposta da Mãe Natureza à sua violação, com as recentes ondas de destruição e calamidades naturais, bem pode ser a retribuição para os pecados do Homem, que se recusa a reconhecer a maldade dos seus actos, projectando a sua doença, acusando outros dos mesmos crimes cometidos no falso nome da Democracia e da Liberdade.

Real Pornography examina o ciclo de abuso e dominação, onde os “pais” cruéis espalham medo e preconceitos, criando um pânico generalizado, onde a única rebelião possível que resta aos indivíduos é o reclamar da sua capacidade para o Prazer, que lhes foi roubada por loucos e maníacos, cuja dominação tirânica está a transformar o planeta num cenário de Guerra ensopado em sangue, cheio de morte e destruição.

Lydia Lunch têm uma carreira de já três décadas de confrontação, caracterizada por uma honestidade inflexível e um activismo inflexível na denúncia da cada vez maior Pornografia da realidade do nosso mundo.

Além dos seus muitos álbuns a solo, Lydia Lunch colaborou com inúmeros co-conspiradores, como Foetus, Thurston Moore, Sonic Youth, Rowland S. Howard/Birthday Party, Die Haut, Jim Coleman, Hubert Selby Jr., etc.

Músicos

Nos últimos 25 anos, Terry Edwards tocou trompete, guitarra e uma série de outros instrumentos com alguns dos mais conceituados artistas contemporâneos, como Barry Adamson, Billy Bragg, Gallon Drunk, PJ Harvey, Nick Cave, Robyn Hitchcock, Madness, etc. Gravou também inúmeras “John Peel Sessions”, na BBC, e andou em digressão com Tom Waits aquando do seu álbum temático “The Black Rider”.

Ian White toca percussão e tudo o que faz um barulho ensurdecedor há mais de 20 anos. É baterista dos Gallon Drunk, além de compositor de bandas sonoras para filmes e para a BBC.

Marc Viaplana & Josep M. Jordana, são respectivamente fotógrafo e artista de vídeo baseados em Barcelona, tendo já recebido inúmeros prémios e bolsas. Conspiraram também com variados músicos e com Lydia Lunch na realização de “Willing Victim”, DVD encomendado em 2003 pelo “Festival des Masochismus”, em Graz, na Áustria.

Dia 7 de Julho :: Lydia Lunch
Grande Auditório
Inicio 22.00h
Preço único 10 €